O Afeto Habilita o Educador

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Texto extraído do Livro: A Terapia em Sala de Aula

Luciara Avelino e Sergio Campos – Proton Editora Ed


Todos nós sabemos que na escola, quando gostamos do professor, geralmente aprendemos a matéria que ele ensina. E o contrário também é válido. Quando não gostamos do professor, também não aprendemos a matéria. Isto mostra um aspecto relevante na aprendizagem que é o amor. Quando você ama alguém ou alguma coisa, você deixa de se impedir de ter contato, de interagir com a pessoa ou atividade. O seu ser entra em comunicação com o ser do outro e tudo flui.

Keppe diz: “Conhecer e amar é ser, enquanto que ignorar e rejeitar é não-ser.”  Portanto, o afeto está na base de todo o conhecimento verdadeiro, físico e metafísico, e a educação deveria ter esta função de elevar o aluno a este nível metafísico de consciência. Você sabe qual é a chave para que isso aconteça? O afeto.

Paulo Freire dizia: “Eu nunca poderia pensar em educação sem amor. É por isso que eu me considero um educador: acima de tudo porque eu sinto amor.” É necessário muito afeto para trabalhar com os problemas apresentados pelos alunos.

O professor precisaria também desenvolver um amor consigo mesmo para ver os seus próprios problemas. Não é ensinando que se aprende? Quando eu tenho problemas de disciplina com minhas turmas, eu tenho que imediatamente fazer uma análise interna das minhas próprias indisciplinas. Como eu vou conseguir parar a agitação dos alunos, se eu sou super-agitado(a)?

Eu vou precisar ter amor na base para conseguir ver isto em mim. Obviamente que você vai encontrar pela frente alunos que não estão interessados em aprender e que vêm para as aulas armados de arrogância, empáfia, deboches, mentiras, etc para acabar com a sua aula. Vemos casos de alunos que não são controláveis. Mas se você é um professor afetivo, você não vai entrar em pânico, perder seu equilíbrio e ficar estressado e até perder a sua saúde. Você não vai conseguir resolver todos os problemas, obviamente, mas você vai se preservar.

Keppe escreveu um livro chamado Metafísica Trilógica I, no qual mostra a importância de viver o nosso ser e o que nos impede de fazê-lo. A sociedade e o poder forçam cada vez mais o indivíduo a não pensar, a não sentir para poder melhor servi-los. Um indivíduo capacitado metafisicamente é integral, é sensível e tem possibilidades afetivas, intelectuais, intuitivas, criativas e abstrativas incríveis.

E este tipo de indivíduo não se deixa dominar facilmente. Isso pode explicar os motivos pelos quais você prepara bastante material para sua aula e na prática ela fica desinteressante e chata. Falta o sentimento de amor na base. Por isso Keppe diz: “Assim como a ignorância está no ódio, todo o conhecimento e sabedoria estão no sentimento de amor.”

Quanto mais afetiva a pessoa é, mais ética ela é, e mais carismática ela se torna. Porque com o afeto a pessoa sobe e transcende a si mesma. Então, comece a praticar! Santo Agostinho dizia: “Ame e faça o que quiser.” E Albino Teixeira: “A morte de um homem começa no instante em que ele desiste de aprender”. E também, procure incentivar o sentimento de gratidão pela vida, pelos amigos, pelo trabalho etc. Pode ser o primeiro passo para restaurar o sentimento de afeto, pois Keppe diz: “O sentimento ruim quebra o ser. A gratidão é fundamental para o equilíbrio do indivíduo. Quanto mais ele gosta, melhor ele será.”

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